Me vejo sozinha em um canto escuro e, já não sinto mais nada além da dor agonizante que sua ausência me traz. “Como eu cheguei aqui?”, me pergunto, mas não sei se quero saber a resposta.
Lembro que tivemos bons momentos, promessas de que tentaríamos e, a cada palavra sua eu já me via cada vez mais envolvida em ti. Não era algo que eu conseguiria controlar, e nem queria.
A sensação de finalmente estar apaixonada de novo é confusa. Me faz querer criar textos, me deixa triste a sua ausência ou inteiramente feliz e boba pela sua presença.
Me agoniza achar que agora sou uma intrusa na sua vida. Você parecia tão diferente dos outros, e até agora não sei se é. Não consigo desvendar o que você quer, ou não tenho coragem de encarar a fria realidade.
Sempre fui otimista e acredito que tudo dará certo e estamos afastados por vários outros motivos, não por aquele em especial. Acredito que, por fim, teremos o tão esperado final feliz. Mas, também tenho meu lado obscuro que acredita que, bem, você conseguiu o que queria e agora já está satisfeito. Desapegou e nem me disse sequer um tchau definitivo; você mesmo não disse que era assim? Talvez eu devesse ter escutado minha razão e me afastado enquanto ainda era tempo. Não sei se prefiro imaginar mil e umas coisas sobre tudo o que passa, podem ser paranoias da minha cabeça, a que você diga logo de ultimato que não me quer mais. Acho que a segunda opção doeria bem menos do que a porcaria que os meus pensamentos me trazem.
Me vejo andando em círculos agora e não é mais relevante o lugar onde estou. Consigo ver as coisas claramente, mesmo com toda essa escuridão. Agora entendo que mesmo que tudo que vivemos possa ser considerado passado para você, foram realmente bons momentos que guardarei para a vida e, não me importa mais o futuro agora. A vida é indeterminada, estou feliz por ter passado por tudo isso e me tornado uma nova pessoa.
Texto enviado por Brenda Santos, e-mail para contato: brendadsp@bol.com.br.
Luz em Poesia 